As fotos são registros da espiritualidade e força do povo de Ladakh.
São fragmentos de rituais budistas, de sua crença e de símbolos desta cultura que nos convidam a desacelerar, respirar com calma e observar calmamente a beleza das pequenas coisas rotineiras. Nos convidam a uma viagem interior que nem sempre é fácil, assim como o deserto, mas que é sempre desafiante e reveladora do que realmente somos capazes.
A Índia tem este poder de me organizar por dentro, colocando luz no que realmente importa. Nesta região as pessoas enfrentam a escassez de água, o frio extremo e durante o verão precisam acumular dinheiro e alimento para enfrentar um longo e duro inverno. A terra é árida, quase nada dá : é como se fosse um sertão nas montanhas. Os nômades mudam de localização a cada 3 meses, em busca de alimento para o seu rebanho. Estão todos acostumados a viver com muito pouco e não se apegam a nada que não consigam carregar. Tudo é aproveitado, tudo tem valor, e a escassez é uma vizinha conhecida que visita de tempos em tempos. A última foto que tirei na viagem foi na estrada, indo embora. Pedi ao motorista para parar pois no meio da montanha, do nada, avistei um arbusto com rosas do deserto, pensei como elas conseguem florir ali, como tudo contra elas? Bem, eu pensei, é aí que mora a beleza delas não é? 


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